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ANÁLISE DE CONTRA: HARD CORPS

CONTRA: HARD CORPS
★★★★★
Tipo:Jogo
Ano:1994
Gênero:Ação/Tiro
Produtora:Konami
Formato:Cartucho
Observações:--

Análise de: Paco-loco
Enviada em:22/03/2016
Publicada em:24/03/2016

E então a Konami lança seu Contra para o Mega Drive em 1994. Demorou mas teve bom, viu?

O Contra de Mega Drive pegou tudo o que o console da Sega tinha de melhor, principalmente a velocidade de seu processador, e fez miséria: estava ali o melhor Contra já criado. Manteve a dificuldade acentuada dos jogos anteriores, mas trouxe mudanças na jogabilidade que realmente funcionaram (diferentemente do Alien Wars lançado para Super Nes um cado antes, cuja velocidade devagar-quase-parando aliada às fases em que o side scrolling é deixado de lado e jogamos com uma tosquíssima visão estilo GTA de MSDOS, vista de cima, somente serviam para irritar o jogador).

As mudanças em relação aos jogos anteriores são simples e efetivas, podendo se resumir em duas: 1) agora o jogador dispõe de 4 personagens que pode escolher livremente, sendo que a escolha de um ou outro altera drasticamente a jogabilidade, e; 2) é necessário tomar decisões ao final de algumas fases, sendo que essas decisões alteram a história do jogo, as fases percorridas e, logicamente, o final obtido.

Como dito acima, são 4 personagens para se escolher. Um homem, uma mulher, um lobisomem cujo um dos braços é uma metranca (da onde os japas tiram essas ideias?) e um robozinho nanico, sendo que cada um desses personagens possuem armas próprias. O jogo oferece 4 tipos diferentes de armas, A, B, C e D, mas cada personagem possui sua própria arma de cada tipo. Os personagens homem, mulher e lobisomem só se diferenciam pelo arsenal de cada um, enquanto o robozinho nanico leva vantagem em razão de seu tamanho. Ele não precisa se agachar para desviar dos tiros que lhe são dirigidos e, além disso, possui um pulo duplo, bastando pressionar o botão de pulo enquanto o mesmo já estiver no ar. Um foguete o fará alçar um voo mais alto do que o pulo dos outros personagens.

Em que pese os outros três personagens serem idênticos em tamanho, pulo, rasteira e demais esquemas de jogabilidade, o arsenal de cada um difere bastante. Só para citar um exemplo, a mulher possui um arsenal que lhe permite atacar à distância, porém o dano desferido por seus tiros é fraco; em contrapartida, o lobisomem possui armas de curta distância, o que força o jogador a estar sempre próximo do perigo, mas suas armas são bem mais fortes e matam os inimigos mais rapidamente. Já o robozinho é o personagem mais apelão, pois além de ágil ele possui armas relativamente fortes e que permitem a utilização à distância, dando certa segurança ao jogador.

Nem preciso dizer que uma relada em qualquer inimigo ou projétil causa morte instantânea, não é mesmo? Isso na versão americana. Na versão Japa você possui uma espécie de life e pode tomar três reladas antes de perder a vida. A versão européia, chamada de Probotector, é igual à americana mas os protagonistas foram transformados em robôs. É isso ai! E pensar que uns 60 anos atrás tinha gente matando gente a rodo na Europa! Agora só pode matar robô. Atualmente eles possuem esses melindres. Fazer o que?

No mais, conforme já dito, você toma algumas decisões no decorrer do jogo, que mudam a história do mesmo e faz com que você percorra determinadas fases em detrimento de outras, além de alterar o desfecho da história. Além disso há um final secreto, facilmente conseguido, no qual você luta numa arena contra alguns chefes e por fim acaba caindo num portal dimensional. É um final engraçadinho, diga-se, mas dá pro gasto. Essa variedade é boa.

Enfim, difícil como os Contra anteriores, rápido como nunca. Músicas excelentes, jogabilidade excelente, vontade de jogar direto. Pode pegar esse jogo que eu garanto. Realmente uma beleza esse ai. Nota 5 de 5. Recomendado.



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