Eis aí um jogo, que apesar dos pesares, gostei pra caralho!
Antes de tudo, basicamente há 3 modos de jogo: o principal, ou seja, modo história, no qual cumprimos a campanha,
o modo gladiador onde enfrentamos diferentes desafios no Coliseu e o modo online que são batalhas entre gladiadores, ou seja,
entre os jogadores que estiverem em rede no momento.
E o jogo está dublado em português. É bem verdade que às vezes há uma falha de sincronização entre o movimento da boca do personagem e a fala, e em alguns momentos,
o som das vozes é abafado por músicas que tocam ao mesmo tempo ou algum efeito sonoro, porém esse último problema pode ser contornado no menu de opções do jogo,
deixando a voz mais alta e os efeitos e músicas mais baixos. No geral a dublagem é muito boa. Vozes de atores consagrados por seu trabalho em filmes, no geral.
Ryse é um hack-slash característico ambientado na Roma Antiga, e, apesar da campanha curta,consegue surpreender
com belos gráficos e ambientação realista, como tão bem o fez Assassin's Creed: Brotherhood ao ambientar a Roma Renascentista.
Há bastante "licença poética" no jogo, que na verdade se passa numa Roma Alternativa, usando o nome de alguns personagens históricos
também como versões alternativas deles próprios. A começar pelo imperador que se chama Nero, mas é simbólico e não uma representação
real do personagem histórico.
Foram bastante felizes ao retratar as florestas da Europa e os Aquedutos romanos, além das construções, fortalezas e palácios.
O jogo é fotorrealista e foram competentes ao focarem nos detalhes de todos os cenários. Não há do que reclamar da parte gráfica e imagino
que no PC , numa resolução de 4K seja orgásmico.
No jogo controlamos Marius Titus, um centurião romano, que a príncipio acredita que sua família, e espeicalmente seu pai, foram mortos
por uma legião de Bárbaros, e vai atrás deles para vingar sua família.
As fases se passam de acordo com a narrativa cronológica do personagem até chegar ao final surpreendente.
Como todos já criticaram, o jogo é curto demais. Ainda mais tratando-se de um hack-n-slash. Se fosse um jogo no mesmo estilo em mundo
aberto, teria um replay-value bem maior, porque já é característico das empresas colocar side-missions e outras ocupações pro jogador
interessado em fechar o jogo em 100%.
Por outro lado coletamos pergaminhos e outros itens pelo caminho. Assim como vamos ganhando experiência para dar upgrades que melhoram
o ataque e defesa do personagem , assim como sua barra de energia - representada pela espada - que começa pequena, e chegando ao nível
máximo, fica maior que o pau do Kid Bengala.
Além de controlarmos Marius, em certos momentos controlamos também uma balista, pra alvejar adversários às flechadas ou comandamos
o avanço da tropa de legionários nos defendendo e arremessando o pilo nos mesmos. E há também certos momentos onde podemos usar o pilo
individualmente para nos livrarmos de certos adversários.
O jogo apresenta 4 dificuldades a se escolher: Recruta, Legionário, Centurião e Lendário. Sendo que essa última modalidade só é desbloqueada
após zerar o jogo em qualquer nível. Entre os 3 primeiros, o nível de dificuldade escala-se de modo equilibrado. Já o modo Lendário
é roubado demais e vale apenas se você quiser desbloquear todas as conquistas do Xbox One. Os inimigos tiram bastante de sua energia
Com um só golpe e ao mesmo tempo, para vencê-los nesse modo, tem que atingi-los infinitas vezes. O que pode irritar bastante os jogadores.
Os inimigos são poucos e não variam quase nunca. Existem os guerreiros comuns, que são aqueles que vêm te atacar com machados ou espadas, uns outros
medianos, mais difíceis por utilizarem-se de um escudo e nesses o jogador tem que usar uma estratégia de atacar com o próprio escudo para abrir
a defesa do adversário e aí sim atacá-lo. Com exceção do modo lendário, os inimigos ficam vermelhos quando vão aplicar um golpe forte,
difícil de bloquear. Nesses casos , o melhor a fazer é escapar rolando na direção oposta.
Há outros inimigos, maiores ou mais gordos (fortes nesse caso, pois têm mais resistência aos golpes), que exigem uma melhor estratégia
para vencê-los. E há também os chefes, nos quais precisa-se usar de técnica e estratégia distintas para vencê-los.
A jogabilidade é simples, mas os controles respondem bem e cumprem o seu propósito. Principalmente as defesas. Saber atacar e defender
é essencial para se dar bem no jogo.
Há também as finalizações, no momento onde surge o ícone de uma caveira sobre os inimigos. Nesse momento é necessário usar o gatilho
do Xone para ativar a finalização e a partir daí pressionar os botões corretos nos Quick Time Events que surgem nessas horas.
E vou te dizer , bicho... não tem nada mais gostoso que atravessar a espada nos inimigos, cortar seus braços ou suas pernas.
Quase fico de pau duro nessa hora. Realmente um tesão.
Quanto melhores e mais acertadas forem essas finalizações, mais rapidamente o seu personagem evolui e destrava habilidades melhores
de combate, bloqueio, vida e etc.
Pena que a campanha é curta, apesar das fases não o serem e da história ser bem interessante e envolvente.
Se você não é um leitor chupa-rolas das críticas do UOL ou Gamespot, vai perceber o valor dessa obra.
Apesar disso, em certos momentos tiraram alguns prazeres do jogador, ao mostrar em cutscenes momentos em que o jogador deveria
ser o protagonista de uma ação importante. Fora os movimentos de escalar e descer que são meio automáticos e não se tem
tanto controle sobre o personagem como gostaria ... a não ser nos momentos de combate. Tomara que numa futura sequência,
volte como um hack-n-slash em mundo aberto para desfrutarmos melhor do jogo como um todo. Mas para um dos primeiros jogos da nova
geração , tá valendo.
PS: O que diferencia essa versão da comum é que há uns novos mapas no modo Gladiador e em partidas Online, além de uma nova
armadura pra usar nesse modo de jogo. Vem com dois códigos de DLC para baixar depois de instalar o jogo no HD. Creio que não haja
nenhuma diferença na campanha principal, "Modo História". É isso aí, falou, valeu, valeu!!!