Durante o jogo, digite qualquer um desses códigos:
IDDQD -- Invencibilidade
IDBEHOLDI -- Invisibilidade Temporária
IDBEHOLDR -- Uniforme anti-radioativo
IDBEHOLDV -- Invencibilidade temporária
IDKFA -- Saúde completa, armadura, armas e chaves
IDDT -- Mudar detalhamento do mapa
IDCHOPPERS -- Motosserra
IDCLEVxx -- Pular de fase 'xx' onde xx é um número de 01 a 19
IDCLIP -- Atravessar paredes.
Nesse clássico dos pcs, o jogador encarna um fuzileiro naval insubordinado, que descumpriu ordens de um oficial de alta patente. Em retaliação, é enviado à Marte, onde cientistas da UAC (Union Aerospace Corporation)realizavam experimentos secretos de teleporte entre as duas luas de Marte (Phobos e Deimos), usando voluntários como cobaia para esses testes. Porém, algo dá errado e criaturas monstruosas , vindas do inferno, surgem nas áreas de teleporte.
A divisão de defesa da corporação falha em deter essa invasão e logo a base é infestada pelos demônios. Todo pelotão é morto e/ou transformado em zumbis.
De súbito, Deimos some, e uma tripulação da UAC em Marte é enviada a Phobos para investigar o acidente, mas o contato por rádio cessa, restando somente um único sobrevivente da tripulação, o jogador (Doomguy).
O jogo se inicia a partir daí e divide-se em 3 capítulos diferentes, distribuídos em 9 fases cada.
O primeiro,(Knee-Deep In The Dead) se passa em Phobos, numa base militar futurista, chega ao seu ápice no último estágio (Phobos Anomaly), onde o jogador enfrenta 2 monstros gigantes (Barons of Hell) numa superfície que emerge do chão no formato de uma estrela vermelha de cinco pontas. Após derrotá-los, o jogador encontra um teleporte com uma insígnia demoníaca, emerge na escuridão em meio aos demônios e é transportado a Deimos.
O segundo,(The Shores of Hell)se passa em Deimos. Ao derrotar -no último estágio- o Cyber Demon, o mistério sobre o sumiço é revelado. A lua flutua sobre o inferno.
O terceiro episódio (Inferno),já sugere onde se passa o jogo. Após derrotar Spider Mastermind, o chefão desse episódio, uma porta secreta se abre para o herói do jogo e ele finalmente retorna ao seu planeta de origem (Terra).
Os criadores de Doom já tinham experiência com jogos de tiro em primeira pessoa, pois foram eles a criarem o predecessor, Wolfenstein 3D, no qual o jogador encarnava um prisioneiro americano que matava soldados nazistas para fugir da prisão. Então, já tinham um bom know-how sobre ambiente 3d ao criarem o novo jogo. Embora Wolfenstein 3D seja considerado o pioneiro do gênero dos jogos de tiro em primeira pessoa, foi Doom que revolucionou o gênero com novas features que agregaram muito ao gênero, com novos ambientes, elevadores, escadas e plataformas móveis.
A premissa das fases é basicamente a mesma, o que muda é a estrutura das fases e a forma de encontrar a saída delas. No começo, é muito simples, trata-se de eliminar os inimigos do caminho, encontrar algumas passagens secretas para pegar alguns medkits ou power ups, bônus, e etc, e conforme vai evoluindo na fase, encontras estágios com mapas mais complexos, verdadeiros labirintos, e o grau de dificuldade vai aumentando porque precisas também encontrar chaves diversas para acessares outras partes do mapa. E conforme vais evoluindo, mais chaves são exigidas. O jogo possui um sistema de SAVE para que o jogador possa gravar o seu avanço conforme progride ou retomar depois.
Para a época, apresentava gráficos bélissimos e jogabilidade fluída e variada, com diversas possibilidades, entre andar e correr, abrir portas e selecionar um vasto arsenal de armas que vais ganhando com o tempo. A princípio, pode defender-se metendo a porrada nos monstros, ou com um revólver simples. Depois evolui para espingarda, metralhadora , armas que atiram bolas de fogo e até mesmo a mais poderosa, que destrói os inimigos mais rapidamente, emissora de raios plasma. Tem até uma serra elétrica que o jogador pode usar se quiser. No total, são oito armas à disposição durante toda a campanha.
A campanha é longa e a temática das fases muda conforme os episódios, muito embora, seja fácil encontrar fases distintas dentro de um mesmo capítulo.
As músicas são muito boas e combinam muito bem com o clima de carnificina do jogo, ou seja, midis inspirados em músicas famosas de bandas de hard-rock e heavy-metal.
Os inimigos são variados e vão surgindo outros diferentes nas fases mais adiantadas, mais assustadores e resistentes, digamos assim.
A grande inspiração do jogo são os filmes de suspense/horror e é essa temática que dá o tom do jogo.
Um jogo viciante, mas que, também tem seus contras, óbvio. E um deles é que às vezes, a fase é tão intrincada em seus labirintos , switches e passagens secretas que dá um certo enjôo. O outro enjôo que o jogo provoca é o motion sickness, embora confesso, senti mais mal estar jogando as conversões desse jogo para 32X, X360 e Saturn, do que propriamente jogando a obra original no pc.
Então, às vezes dá um certo cansaço do jogo, mas nada que uma pausa não resolva.
Doom é um jogo que marcou época e ditou o mercado para jogos do gênero.Serviu de inspiração a outros que surgiram anos depois. Alguns desses, são considerados até hoje como clones por utilizar a mesma engine do original, como Hexen, Heretic,entre outros jogos de empresas que resolveram lucrar em cima copiando o jogo na cara dura e etc.
Imagens e desenhos satânicos estão espalhados em boa parte do jogo, principalmente nos últimos estágios, mas há também, empalamento, cadáveres dos marines ensanguentados por todo o cenário, corpos pendurados e sangue espalhado pelas paredes, o que levou a muita controvérsia , principalmente nos Estados Unidos onde há muita hipocrisia e gente fresca.
Em resumo, um jogo muito bom e que envelheceu bem, fora o aspecto gráfico - que hoje soa antiquado e tosco - e vale muito a pena jogar pois rende muita diversão. Originou diversas conversões, nem todas boas, algumas bem porconas, feitas só para lucrar, mas o original compensa. E é isso por enquanto.
