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ANÁLISE DE STREET FIGHTER II: THE WORLD WARRIOR (SNES)

Street Fighter II: The World Warrior
★★★★
Tipo:Jogo
Ano:1992
Gênero:Luta
Produtora:Capcom
Formato:ROM
Observações:--

Essa conversão seria quase Arcade Perfect, não fossem alguns cortes feitos pela Capcom.

E sinceramente, não entendi a razão desses cortes, pois tendo em vista que depois lançaram Street 2 Turbo e Super Street II para o SNES (lembrando que esse jogo tem o dobro de personagens jogáveis em relação a SF2WW), o SNES podia ter uma versão ainda melhor do que essa versão lançada, que mesmo com os cortes é ótima.

Olha, analisando friamente, sem fanboyzismo de consoles, e sem paixões ideológicas acaloradas (no quesito empresa/console) - de todas as conversões de SFIIWW lançadas nessa época - a de SNES se sobressai MUITO³³³ e é a melhor, a única praticável em comparação às conversões para os computadores da época. É bastante decente.

Bom, já que comecei falando sobre os cortes, vou explicar quais foram: a introdução do jogo foi cortada. No lugar temos a parte final com o logotipo do jogo girando e a música tema ao fundo.

Apesar de 95% das vozes terem sido mantidas, algumas vozes do narrador foram cortadas. Entre elas a de anúncio dos países e as de anúncio de vitória do jogador e o anúncio de "Perfect". No cenário do Sagat , limaram a palmeira que há no Arcade. No entanto, vale uma ressalva sobre esse corte porque no upgrade lançado para Arcades no mesmo ano (1992) - Champion Edition - já não havia mais essa palmeira também nos Arcades. Então, talvez, tenham feito esse corte já inspirados na atualização do jogo. Nunca saberemos. De qualquer forma, é um detalhe besta que não incomoda.

Por outro lado, também houve adições interessantes. Jogando com Ryu, corrigiram a tradução da frase sobre Sheng Long, para algo como : "Você precisa sobreviver ao meu Dragon Punch [Shoryuken] se quiser ter alguma chance".

No final do Ryu percebemos sutis diferenças em relação ao Arcade:

Além de que adicionaram uma moça entregando um troféu no pódio vazio, enquanto no Arcade a cena conta apenas com o pódio e os chefões, além de acrescentarem uma cena a mais de Ryu treinando Shoryukens numa cachoeira - cena inexistente no Arcade.

No cenário do Guile, por outro lado, falta um casal da plateia. Provavelmente, a Nintendo , chata do jeito que era com essa questão de "jogos para família" pediu para retirar o casal de militares pois supostamente a mão da moça repousava no peru de Natal do rapaz. Olha, é cada besteira da parte da Nintendo que ... haja saco , mesmo.

Cortaram também o bônus stage do barril de madeira caindo e o substituiram por um outro de quebra de muro de tijolos, mantiveram o bônus stage de quebra do carro (um Lexus LS400) e cortaram aquele dos barris pegando fogo. Há 2 bonus stages no jogo, faltando 1 em relação ao Arcade. Não sei também se a Capcom não fez isso de sacanagem pela Nintendo impor cortes no jogo (como o casal) e pra se vingar do contrato de exclusividade, que não deixava a Capcom livre pra converter seus jogos para outras plataformas - de forma que a Capcom seria prejudicada já que SFII era um fenômeno incrível de vendas e com certeza devem ter perdido uma puta grana com essas restrições da Nintendo. Mas são apenas suposições, vai saber.

Alguns frames de animação dos personagens foram cortados. Mas nada que se note muito , a menos que na época você fosse um rato de fliperama que voltava frustrado pra casa pra xingar detalhes que faltavam na versão de Mega/SNES. Não existe a animação de Ryu e Ken andando pra trás de forma meio defensiva . Nos consoles de 16 bits (tanto Mega quanto SNES), eles simplesmente caminham pra trás. Mas não é um detalhe que faz muita falta. Aposto que muita gente que jogou nos Arcades e nas versões caseiras sequer notaram esse detalhe.

A jogabilidade é Arcade Perfect. Os comandos respondem com precisão mesmo com o direcional de merda do SNES e rapidez. É fácil soltar hadoukens, sonic booms e outros especiais consagrados da série.

A maioria dos detalhes dos cenários foram mantidos , e é por isso que é bom quando é a própria empresa quem converte o jogo para outro sistema, ao invés de terceirizar, porque muitas vezes empresas terceirizadas se perdem na reprogramação do jogo para outro sistema, deixando o mesmo bastante descaracterizado em relação à sua contraparte real. Apesar dos cortes da versão SNES a Capcom fez um trabalho muito bom aqui.

No cenário do Dhalsin há 4 elefantes ao invés de 6 , como no Arcade. No entanto o cenário é bastante fiel e essa ausência não é tão sentida já que as animações dos elefantes foram mantidas. Eles apenas não emitem nenhum som no SNES. Foi um dos áudios cortados.

A música está excelente, mesmo não sendo a mesma instrumentação do Arcade.As vozes também estão bastante fieis. O chip sonoro do SNES era muito bom para suportar esses samplers - diferente do chip do Mega Drive, infelizmente.

Ainda sobre o som: como falei, acrescentaram algumas modificações não presentes no Arcade. Por exemplo: escolhendo Ryu , ao soltar Hadouken usando soco forte ou fraco , a entonação de voz do personagem é a mesma. No SNES isso muda. Ao soltar Hadouken com soco fraco a entonação é uma, ao executar a magia com soco forte, é outra.

Todos os personagens estão lá, incluindo os chefões não selecionáveis. Parece que na época havia até um macete de Game Genie para jogar com os chefões , mas isso deixava a tela do jogo toda bugada e cagada, como se fosse um erro no jogo. Assim como aquele macete de acessar a Hidden Palace do Sonic 2 através de truques, que deixavam a tela do jogo toda estragada.

Há também aquela redução de escala baseada na resolução nativa do console e também no que os televisores da época suportavam, de forma a não estourar os personagens na tela, mantendo gráficos bonitos. Isso também ocorria no Mega Drive. Mas sendo bem sincero, se você ligar um SUPER NES numa tela de 20 pol. , por mais que os sprites sejam menores do que suas contrapartes nos Arcades, você nem vai notar isso porque eles estão numa resolução compatível com a tecnologia da época. O que é diferente de você pegar um char ripado dessa versão e enfiar num MUGEN da vida com sprites grandes, aí sim, fica um troço desproporcional pra caralho e sem o menor sentido. A única coisa, a meu ver, que ficou malfeita é o tamanho das caixas no cenário do Guile em relação à escala do personagem. Parecem fora de escala, sendo objetos bem menores. Nos Arcades essas caixas, assim como os Barris do estágio do Ken, tem quase a mesma altura dos personagens, e aqui tem a metade da altura dos mesmos. Não sei por que a resolução desses objetos ficou assim, mas não compromete no resultado final.

Resumo da ópera: Conversão ótima da Capcom, superando todas as conversões dessa época. A única verdadeiramente playable.



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