Cruis'n USA é um jogo do genêro coméd........digo, é um jogo de corrida, muito avacalhado, e não se deve levar a sério. Bonitinho, mas ordinário. Por que se trata
de um jogo de comédia ? Porque nem o jogo faz questão de se levar muito a sério e você percebe isso logo nos primeiros minutos de jogo. Pra começar, uma mulher de bíquini
dá a largada. A mulher é totalmente digitalizada , enquanto o jogo é todo desenhado, pixelizado. É uma mistura daquelas. Começa bem.
O gráfico, pra época, era muito bom. Se for analisar o contexto em que o jogo foi lançado, vai perceber que a intenção era mostrar o suposto poderio que o Nintendo 64 teria no futuro.
Ou seja, já fizeram pensando na conversão que fariam do mesmo. Resumindo: era pra promover o Nintendo 64 e com isso entregar uma espécie de teaser do que estaria por vir (aos fãs da Nintendo, principalmente).
Então, escolhes logo de cara a modalidade de jogo: Cruzar os Estados Unidos ou escolher uma pista aleatória entre aquelas que estão classificadas como fáceis, médias e difíceis. Na primeira opção, só continuas a jogar na pista seguinte se terminar em primeiro. Do contário, tem que colocar mais uma ficha para continuar. Cada fase dura em média uns 2 minutos e são várias cidades e lugares conhecidos dos EUA , tratados aqui com uma imensa licença poética , pois não haveria como identificar pontos turísticos no jogo de outra forma. Entre as localidades estão San Francisco, Chigaco, Bervely Hills, entre outras.
Daí somos levados à uma garagem onde temos quatro opções de carros , sendo eles: Um Mitsubishi Eclipse, uma Ferrari Testarossa, um Corvette de 1963 e um carro antigo da Ford.
A jogabilidade é totalmente enganosa. Num primeiro momento ela parece boa, mas depois a gente percebe que ela é bastante vacilante e os equívocos são bastante frequentes. Pra enrabar de vez o jogador, temos um tráfego filho da puta , onde , na maior aparece um carro, caminhão ou camionete vindo na direção contrária te fazendo bater e perder a posição conquistada às duras penas. E é em cima desse tipo de expediente que construíram a dificuldade do jogo. Você não consegue se afastar um pouco dos outros adversários antes de ser surpreendido por uma trombada escrota no meio do caminho. O que enche o saco é que repetem esse expediente à exaustão. Toda hora. É muito fácil encher o saco. O troço fica repetitivo e maçante.
E tem a maravilhosa física do jogo no momento da colisão. Dá a impressão que os carros e caminhões são todos feitos de papelão, porque basta uma mínima batida para que um caminhão ou carro gire rodopiando pelo ar sem mais nem menos, ou se esculhambando todo pelo cenário. Como é um jogo de corrida com orientação arcade, é óbvio que seu carro sai ileso e sem nenhum arranhão dessa e de outras trombadas. E quando você está em primeiro, constantemente outros carros tentam te passar, e você tem que se defender que nem jacaré , dando "rabadas" e "fechadas"
o tempo todo. Não existe aquele momento de se concentrar no tráfego escroto e tentar seguir em linha reta. Esqueça essa hipótese.
Veredito: É um jogo que merecia uma nota menor do que ganhou. Só não levou porque os gráficos ainda hoje são bons, apesar de já estarem bem datados. Mas quem é que ia preferir um jogo irritante desses, sem lógica nenhuma, (mesmo para uma corrida arcade) quando havia coisas melhores na época, como Daytona USA (pra ficar só nesse exemplo) ?
No final das contas parece um jogo inacabado , feito pra idiotas rirem e outros idiotas se frustrarem com as constantes trombadas e perdas de posição e outras frustrações. Não vale a pena.
